Energia Solar: Flutuante

Expansão da geração solar também viabiliza fazenda aquáticas

Extensas usinas de produção de energia fotovoltaica operando sobre espelhos d’água de grandes lagos, lagoas e reservatórios de hidrelétricas proporcionam imagens surpreendentes que desafiam o olhar. Elas começaram a surgir em várias partes do mundo há alguns anos – com destaque para a Ásia -, e começam a se multiplicar também no Brasil, ainda que em escala menor, num primeiro momento. 

Esses empreendimentos representam uma alternativa tecnológica importante, como solução para o aproveitamento de espaços aquáticos que, até algum tempo atrás, eram simplesmente inviáveis à instalação de sistemas flutuantes de maior porte e complexidade técnica. 

Por volta de 2018, a capacidade instalada total global dessa modalidade, girava em torno de 1 Gigawatt (GW). Até 2030, contudo, a Agência Internacional de Energia (AIE) projeta que haverá investimentos para crescer até 400 GW. 

A China, em especial, que é líder mundial em geração solar fotovoltaica, se prepara para instalar uma usina flutuante de 40 Megawatts (MW) em Huainan, já classificada entre os maiores empreendimentos desse tipo. 

No Brasil, a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) colocou em operação a primeira etapa, com um 1 MW potência,  de uma usina solar que começa a ser instalada no reservatório de Sobradinho, na Bahia, configurando um empreendimento hibrido. O complexo, nessa fase, é formado por 3.792 módulos fotovoltaicos, instalados em uma área total de 11 mil metros quadrados. 

O plano da empresa, que é uma subsidiária da Eletrobras – grupo hoje sob controle privado –  é implantar mais empreendimentos semelhantes em outras hidrelétricas, como forma de atrair investimentos privados e promover leilões de geração de energia renovável na área de transposição do Rio São Francisco. Ponto bastante vantajoso é que, para escoar a energia,  foi possível compartilhar o mesmo sistema de transmissão existente para a hidrelétrica.

Do ponto de vista construtivo, esse tipo de usina fotovoltaica passou a ser viável graças também ao uso de flutuadores com tecnologia especialmente projetada para essa finalidade e que são ancorados diretamente nas profundezas dos corpos d’água. 

Outro aspecto relevante diz respeito à questão ambiental. Ou seja, os empreendimentos só podem ser instalados após estudos detalhados que comprovem que não haverá impacto negativo sobre a fauna e flora aquáticas, uma vez que os painéis recobrem parte significativa dos espelhos d’água, impedindo parcialmente a passagem de luz.

Confira mais artigos em nosso blog.

E saiba mais sobre os produtos Thunders.

Scroll to top